O legado da escravidão e o preconceito contra o negro no Brasil

O legado da escravidão e o preconceito contra o negro no Brasil
    Na primeira metade do século XVI iniciou-se no Brasil a escravidão com a produção de cana-de-açúcar. Mais tarde, em 13 de maio de 1888, a Princesa Isabel assinou o decreto de que tornava a escravidão proibida. 128 anos depois ainda está presente na sociedade brasileira resquícios desse período.
    A Lei Áurea ao mesmo tempo que promoveu a liberdade jurídica dos escravos, apresentou a eles uma realidade cruel, uma vez que, sem moradia, condições econômicas e assistência do Estado, muitos passaram por situações críticas iniciando assim o processo de marginalização. obrigados pelas circunstâncias, uma massa inteira passou a viver em habitações de péssimas condições e a sobreviver de trabalhos informais, ou seja, viviam às margens da sociedade.
  De acordo com o censo publicado pelo IBGE em 2013 a diferença salarial entre um homem negro e um branco superou a casa dos 50%. No mesmo ano, o IBGE apresentou dados que mostram que o percentual de negros no ensino superior é metade do de brancos, embora que 1997 e 2007 o número de negros com acesso à universidade tenha aumentado, continua sendo metade do apresentado pelos brancos.
  Foi implementado na sociedade brasileira a ideia que aqui o racismo não existe, que vivemos em um país onde predomina a harmonia racial. Entretanto, a diferença salarial e o número de negros com acesso ao ensino superior mostram o contrário, mostram que a nossa sociedade maquia essa realidade. Medidas jurídicas como a criação de Projetos Emendas Constitucionais (PEC) que busquem estabelecer uma igualdade racial e social apresentam-se como uma proposta para resolver os resquícios deixados pela escravidão.